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quinta-feira, 21 de junho de 2012

FEIRA DOS CAXIXIS

                                                           

                                            Feira de caxixis

A história da Feira dos Caxixis se confunde com a própria história de Maragojipinho. Não há documentos que comprovem sua origem, mas a tradição popular se encarrega de oferecer duas versões. A primeira diz que tudo começou quando um oleiro de nome Patrício, natural de Maragojipinho, subiu o rio Jaguaripe em uma canoa cheia de objetos de barro, feitos a mão. A intenção dele era vendê-los em Nazaré na Sexta-Feira da Paixão. O sucesso das vendas teria sido tão grande que ele voltou no ano seguinte, desta vez acompanhado de vários outros oleiros.
A outra versão conta que os senhores tinham costume de conceder folga aos escravos nas sextas-feiras santas. Os escravos aproveitavam à folga e fabricavam os caxixis com os restos de barro dos serviços de cerâmica. Os caxixis são miniaturas de peças típicas, como pratos, panelas e vasos. A fabricação acontecia em Maragojipinho e eles os traziam a Nazaré para vendê-los às crianças na grande feira da Paixão.
Os produtos de Maragojipinho se destacam em feiras locais e mercados populares de Salvador atraem compradores de outros estados do Brasil e até mesmo do exterior. Uma das peças mais baratas e de maior consumo é o porquinho de barro que, em geral, custa menos de R$ 1. Já as imagens sacras, de até 1,7 metros de altura, chegam a R$ 3 mil, sem pechincha. As peças preferidas dos donos de hotéis da capital são as belas baianas ornadas com saias de renda, colares e pulseiras.
Longe dos grandes centros, Maragogipinho tem cultura própria e orgulho em viver a vida do barro, num estilo que encanta para sempre os visitantes. O que mais chama a atenção é que os oleiros são pessoas simples, mas patrões de si mesmo. Fizeram do barro a moeda de liberdade.

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