MÙSICA PARA OUVIR!!!!!

sábado, 30 de junho de 2012

A JANELA

                                                     

Da janela do meu sobrado

Vi muitas coisas acontecerem ao meu lado

Quando a lua cheia

Clareava as noites escuras

Do céu de Maragogipinho

Eu ficava simplesmente apaixonado.



Da janela do meu sobrado

Vi o tempo passar

Crianças virarem adultos e ficarem velhos

E muitos por mim foram abençoados.

Da janela do meu sobrado

Curtir um amor mudo, surdo, calado

Aí! Mas amei tanta gente

Que estiveram ao meu lado.



Da janela do meu sobrado

Tive sempre um sorriso amigo

Um abraço afetuoso

Uma palavra de carinho

Para amigos e moradores de Maragogipinho

Da janela da minha alma

Levarei e deixarei saudades

Partir para o outro lado

Como a vida faz

Com todos os mortais.


Homenagem ao senhor Antonio Domini (Toninho).

Autor: Josafá Almeida Araújo
                 Antonio de Jesus Domini (Toninho)

Filho de Antonio Carlos Domini e Alice de Jesus Domini, seu Toninho como era conhecido, nascido em 12 de Agosto de 1923, em sua casa em Nazaré das farinhas, na rua do comércio nº 58, vindo residir em Maragogipinho meses após a seu nascimento na fazenda Cabral que pertencia a seus avós maternos e aonde também veio a aprender as primeiras letras.Optando na época pelo trabalho de lavrador e tornando-se mais tarde um grande negociante de piaçava.Um homem de poucos estudos, mas de uma sabedoria ímpar. Solteiro e com um único filho que faleceu aos nove anos de idade em 1965, sendo isso para seu Toninho, o pior momento da sua vida. Enfim, Antonio Domini era conhecido como “A Enciclopédia de Maragogipinho” pelos seus dotes de conhecimento e por ser uma pessoa que amava os livros.
Faleceu em 06/09/2006 aos 80 anos de idade em sua residência, na Rua Praça da matriz em Maragogipinho.

PARA REFLEXÃO!!!!




quarta-feira, 27 de junho de 2012

JOÃO-DE-BARRO


                               
     
Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.
Segundo a lenda, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.
O pai dela então perguntou:
- Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?
- As provas do meu amor! - respondeu o jovem Jaebé.
O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido, então disse:
- O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.
- Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.

Toda a tribo se admirou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova. Então, enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorava e implorava à deusa Lua que o mantivesse vivo. O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu ao pai:
- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.
E o velho respondeu:
- Ele é arrogante, falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.

Esperou então até a última hora do novo dia, então ordenou:
- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.

Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seus olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e tinha cheiro de perfume de amêndoas. Todos se admiraram e ficaram mais admirados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!
E foi naquele exato momento que os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceram para sempre.
Podemos constatar a prova do grande amor que uniu esses dois jovens no cuidado com que o joão-de-barro constrói sua casa e protege os filhotes. Os homens admiram o pássaro joão-de-barro porque se lembram da força de Jaebé, uma força que nasceu do amor e foi maior que a morte.

"A ORIGEM DA CERÂMICA"





Coeva do fogo, a cerâmica — do grego "kéramos”, ou "terra queimada" - é um material de imensa resistência, sendo frequentemente encontrado em escavações arqueológicas. Assim, a cerâmica vem acompanhando a história do homem, deixando pistas sobre civilizações e culturas que existiram há milhares de anos antes da Era Cristã.

Hoje, além de sua utilização como matéria-prima de diversos instrumentos domésticos, da construção civil e como material plástico nas mãos dos artistas, a cerâmica é também utilizada na tecnologia de ponta, mais especificamente na fabricação de componentes de foguetes espaciais, justamente devido a sua durabilidade.


  A ORIGEM DA CERÂMICA


Estudiosos confirmam ser, realmente, a cerâmica a mais antiga das indústrias. Ela nasceu no momento em que o homem começou a utilizar-se do barro endurecido pelo fogo. Desse processo de endurecimento, obtido casualmente, multiplicou-se. A cerâmica passou a substituir a pedra trabalhada, a madeira e mesmo as vasilhas (utensílios domésticos) feitas de frutos como o coco ou a casca de certas cucurbitácias (porongas, cabaças e catutos) .

As primeiras cerâmicas que se tem notícia são da Pré-História: vasos de barro, sem asa, que tinham cor de argila natural ou eram enegrecidas por óxidos de ferro. Nesse estágio de evolução ficou a maioria dos índios brasileiros. A tradição ceramista — ao contrário da renda de bilros e outras práticas artesanais — não chegou com os portugueses ou veio na bagagem cultural dos escravos. Os índios aborígines já tinham firmado a cultura do trabalho em barro quando Cabral aqui aportou. Por isso, os colonizadores portugueses, instalando as primeiras olarias nada de novo trouxeram; mas estruturam e concentraram a mão-de-obra. O rudimentar processo aborígine, no entanto, sofreu modificações com as instalações de olarias nos colégios, engenhos e fazendas jesuíticas, onde se produzia além de tijolos e telhas, também louça de barro para consumo diário. A introdução de uso do torno e das rodadeiras parece ser a mais importante dessas influências, que se fixou especialmente na faixa litorânea dos engenhos, nos povoados, nas fazendas, permanecendo nas regiões interioranas as práticas manuais indígenas. Com essa técnica passou a haver maior simetria na forma, acabamento mais perfeito e menor tempo de trabalho.
Quando os populares santeiros, que invadiram Portugal no século XVIII, introduziram a moda dos presépios, surgiu a multidão de bonecos de barro de nossas feiras. Imagens de Cristo, da Virgem, Abades, de santos e de anjos começaram a aparecer. Os artistas viviam à sombra e em função da Igreja ou dos seus motivos. O mais célebre artista dessa fase foi Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Pouco a pouco — da mesma forma que aconteceu com o teatro católico medieval que foi transformado no Brasil em espetáculos populares como as pastorinhas, o bumba-meu-boi e os mamulengos — a arte do barro foi se tornando profana. Ao final, era o seu meio que os artistas começaram a retratar: simplificaram as formas que passaram apresentar, sem nenhum artifício, tipos, bichos, costumes e folguedos.
         
                    
    ORIGEM NO BRASIL


No Brasil, a cerâmica tem seus primórdios na Ilha de Marajó. Na segunda metade do Oitocentos, a ciência arqueológica voltou-se para territórios e continentes além de Grécia e Roma; assim, ocorreram escavações na Amazônia, especialmente na ilha de Marajó sendo o centro de Santarém o mais generoso com os pesquisadores.
Os arqueólogos consideraram os vestígios e pretendiam estabelecer as origens dos povos amazonense e várias foram as hipóteses: nômades dos Andes, vindos do Peru fugindo da conquista espanhola ou da América Central, e com maiores possibilidades, das Antilhas. Outra seria um êxodo começado no Grande Chaco e escavações em Quito têm encontrado provas de que as grandes culturas do Peru e México tiveram origem no Equador. Essas pesquisas começaram em 1958, quando foi descoberta uma aldeia datável de cerca de 5 mil anos na cidade costeira de Valdívia; e desde então mais aldeias do mesmo período foram descobertas no interior, na direção da Amazônia, com cerâmicas, instrumentos e objetos decorativos revelando um nível insuspeitado de sofistificação. E nas primeiras descobertas geográficas os europeus encontraram povoados que são descritos com bastante reserva.
Mesmo o índio desconhecendo o torno e operando com instrumentos rudimentares, conseguiu criar uma cerâmica de valor, que dá a impressão de superação dos estágios primitivos da Idade da pedra e do bronze.


Foram identificadas várias fases da cerâmica brasileira , que foram divididas em:

Ananatuba: a mais generalizada e provavelmente atribuível às primeiras sedimentações datáveis entre o séc. VII e o X a.C. , apresentando uma técnica plenamente desenvolvida, povo dividido em tribos, cada um ocupando uma única maloca e abrigando uma centena de moradores;
Mangueiras: pertencente ao grupo que sucessivamente prevaleceu sobre o primitivo Ananatuba, sua duração estimada entre o séc. IX e o XII;
Formiga: outro grupo coevo deste último, mas com a cerâmica mais pobre;
Aruã :denominação dada por pesquisadores europeus a um grupo que vivia em pequenas ilhas no Amazonas, tudo indicando uma cultura bastante singular, em face do uso de urnas funerárias, um ritual de notável contribuição na determinação de fases;
Marajó: é um capítulo à parte. Ela foi elaborada por povos que habitaram a bacia Amazônica do ano 980 A.C. até o séc. XVIII e é arqueológica. Através dela a gente pode observar a evolução, o apogeu e a decadência da cultura de um povo. A riqueza de detalhes, a exuberância das cores, a variedade dos objetos (como fusos, colheres, tangas, bancos, estatuetas e adornos) , as técnicas de brunimento (alguns feitos com conchas) foram perdendo qualidade com o tempo. Os grandes aterros de louçaria e estatuetas encontrados na ilha de Marajó mostram bem esta falência. Hoje, o que existe de cerâmica marajoara pode ser visto no Museu Goeldi, em Belém. Não tem nada haver com as peças que encontram-se nas feiras de artesanato ou nas lojas dos grandes centros que dizem vender peças folclóricas. Na maioria, esses objetos são industrializados e não passam de tentativas grosseiras de cópias, sem maior significado cultural

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"QUANDO O ORGULHO CALA O AMOR"!!!


Conta-se que, em algum lugar da China, havia um sábio ancião que decidia questões conjugais. Era ele quem abençoava os casais que queriam se unir e orientava os que estavam se desentendendo, dizendo-lhes se deveriam ou não se separar.

Certa vez, o ancião foi procurado por dois jovens a quem havia abençoado havia alguns anos e que agora falavam em separação. O sábio, percebendo que os dois se amavam, não viu motivo para que desfizessem a união, mas não conseguia convencê-los disso. Então, presenteou-os com uma planta e disse:

— Esta é uma planta muito sensível. Vocês devem deixá-la na sala e, quando ela morrer, poderão se separar.

Assim foi feito: o casal colocou a planta no centro da sala e ficou aguardando “ansiosamente” a sua morte.

Certa madrugada, ambos se flagraram com regadores em punho, cuidando da planta. Naquele dia, amaram-se como nunca.

A planta sensível era, na verdade, a relação dos dois. O amor era forte o suficiente a ponto de acordá-los em plena madrugada. Mas então o que estaria ameaçando aquela união? O orgulho.

O orgulho nos impede de pedir perdão. O orgulho não nos deixa perdoar. O orgulho não nos deixa dizer que ainda amamos…
Reflitam e comentem!

FEIRA DE CAXIXIS NA CIDADE DE CACHOEIRA INTERIOR DA BAHIA

              
CACHOEIRA:RECÔNCAVO BAIANO

                          Cidade de Cachoeira

Uma cena impressionante é a da chegada à cidade baiana de Cachoeira, parece que estamos entrando num cenário cinematográfico de filme de época. Separadas pelo rio Paraguaçu que nasce na Chapada Diamantina e ligados por uma ponte de ferro (Rodoferroviária) construída por ingleses e inaugurada por D. Pedro II em 1859, os municípios têm belíssimos prédios coloniais.

                          Descrição da Foto
                                                     Rua de Cachoeira


Cachoeira é um municipio na microrregião de Santo Antonio de Jesus, no estado da Bahia , no Brasil. Situa-se às margens do Rio Paraguaçu.Está distante cerca de 120 km da capital do estado, Salvador. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, no ano de 2003 sua população era estimada em 31.071 habitantes. Sua área é de 398 quilômetros quadrados. Cachoeira é uma das cidades baianas que mais preservou a sua identidade cultural e histórica com o passar dos anos, o que a faz um dos principais roteiros turísticos históricos do estado. Além disto, a imponência do seu casario barraco, das suas igrejas e museus, levou a cidade a alcançar o status de "Cidade Monumento Nacional" e "Cidade Heroica" (pela participação decisiva nas lutas pela independência do Brasil a partir do Decreto 68.045, de 13 de Janeiro de 1971, assinado pelo presidente Emílio Garrastazu Médici.



               A CERÂMICA DE MARAGOGIPINHO NA FEIRA DO PORTO EM CACHOEIRA



                                                 Cerâmica de Maragogipinho


Denis(Presidente da AAMOM) na Feira do Porto em Cachoeira

                                                                               
Na tradicional Feira do Porto que ocupa toda extensão da orla fluvial, além de barracas de bebidas e comidas típicas, são comercializadas peças de cerâmicas dos oleiros da comunidade de Maragogipinho, distríto do município de Aratuípe,que a alguns anos tem uma participaçao ativa na feira do Porto, no São João da cidade de Cachoeira no interior da Bahia.